Nos últimos três anos minha meta foi ficar um pouco mais inteligente.
Não o tipo de inteligente que resolve um quebra cabeça de 10.000 peças, ou um cubo mágico em 30 segundos. O tipo de inteligente que consegue enxergar problemas e identificar quais os meios mais eficientes de resolve-los. Isso para desde de qual carreira escolher até para o que comer no jantar.
Li tudo que consegui colocar minhas mãos. Política, desenvolvimento pessoal, religião, nutrição e treinamento, história e um pouquinho de Percy Jackson – Sou humano também – Resumindo: Virei um viciado em idéias.
Me digam que não estou sozinho nessa.
Nesse período me apaixonei por musculação e mergulhei em livros e pesquisas científicas da área. Dias e noites passaram, resultados aumentaram, pessoas começaram a me fazer perguntas e o prazer em saber responde-las me agradou. Então, resolvi seguir essa paixão como carreira. Decidi realizar um curso de Educação Física na Unicamp.
Na época eu acreditava que se os livros e cursos da internet eram bons, o curso da Unicamp seria o nível intelectual mais alto que alguém poderia alcançar. Aprenderíamos TUDO sobre a ciência por trás dos exercícios e eu sairia de lá não só um ótimo profissional, mas um expoente intelectual na área. Talvez eu estivesse certo no século 19. Doce Ilusão
Após 6 meses de curso cheguei a conclusão que a discussão mais profunda que havia entrado era para decidir em qual bar ir para obter o litrão mais em conta.
Fiquei arrasado, confuso, sobrecarregado e preocupado por estar gastando o suado dinheiro dos meus pais em algo que não estava me retribuindo 1/10 do valor investido.
Cada aula era um sacrifício. Uma avalanche de pensamentos que iam de “o que eu tô fazendo aqui” até “não é possível que a aula hoje vai ser sobre isso”.
Queria aprender sobre periodização e me ensinaram a dançar. Queria aprender sobre as melhores estratégias para obter um físico trabalhado e me disseram que eu teria que decorar todos os ossos do corpo humano. Queria saber como ajudar as pessoas a equilibrar uma vida de trabalho estressante com suas metas atléticas e me ensinaram a jogar queimada. Queria entender os princípios que guiam o treinamento de atletas e me falaram como a reforma da previdência iria acabar com o país.
Já chega. Fui embora.
Decidi tomar as rédeas da minha própria educação. Ser protagonista na jornada do meu aprendizado. Aprender as habilidades práticas e assuntos que importam para ser eficiente em qualquer profissão – marketing, vendas, persuasão, comunicação – sem perder tempo com matérias que, depois de ensinadas, não duram uma semana na memória.
Afinal, o que é um diploma? se não um pedaço de papel que serve apenas para lhe dar a permissão legal para exercer a profissão que deseja. A Sabedoria nasce da busca do próprio indivíduo, não da imposição de terceiros.
Hoje estudo sozinho. Meus professores são de Harvard, Stanford e do MIT. Os autores dos livros que leio são doutores, cientistas e algumas das figuras mais influentes da história. E, caso eu tenha alguma dúvida, existem fóruns na internet com outras mentes prontas para ajudar.
Hoje, a informação vive no bolso. As barreiras não são mais grandes instituições detentoras do conhecimento, mas apenas a persistência, a curiosidade e a coragem de cada pessoa. Hoje, ninguém é julgado por quantos fatos consegue memorizar, mas por sua capacidade de conectá-los e criar algo novo.
As chaves são suas, mas o cadeado que vale a pena abrir você tem que encontrar. Basta a você, só a você, ir atrás e fazer a diferença.